Interação com a sociedade nas disciplinas

Uma importante inovação do Programa diz respeito ao seu método de ensino, totalmente baseado em Problem-Based Learning. Além de ser positivamente avaliado pelo corpo docente, tal experiência tem refletido em publicações sobre o tema (Pardini et al. 2013; El-Hani et al. 2020; Rocha et al. 2013; Lewinsohn et al. 2015).

Outro aspecto inovador relevante, usado tanto em disciplinas quanto no desenvolvimento dos trabalhos de conclusão de curso, é o foco em co-produção de conhecimento - em outras palavras, na, produção conjunta entre a Academia e os setores da sociedade interessados. Problemas reais têm sido frequentemente usados nas disciplinas e as propostas dos TCCs frequentemente parte dos próprios discentes, buscando colaborar na resolução de problemas que os respectivos discentes enfrentam no desenvolvimento de suas atividades profissionais. Infelizmente, nem sempre isso leva à publicação de um trabalho, mesmo quando a solução proposta efetivamente é implementada pelo órgão ambiental.

Para citar um exemplo, o TCC “Serviços Ecossistêmicos e Provisão de Água em Quantidade e Qualidade: Traduzindo Graficamente o Conhecimento Científico para a Gestão”, desenvolvido pela servidora do INEMA Priscila de Santana Soares Pereira, foi desenvolvido em função da relevância desse tema para o órgão executor da Política Estadual de Recursos Hídricos e, além do TCC, resultou em materiais informativos com potencial didático para uso na capacitação dos Comitês de Bacias Hidrográficas. A autora do trabalho foi posteriormente convidada a atuar como instrutora no Programa Nacional de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas (PROCOMITÊS), que é um programa de incentivo financeiro da Agência Nacional de Águas, com o objetivo capacitação dos membros dos Comitês, para qualificar o processo de tomada de decisão no âmbito da gestão participativa dos recursos hídricos.

Trabalhos desenvolvidos nas disciplinas também têm visto aplicação prática. Por exemplo, a disciplina "Prática de Resolução de Problemas" é focada em demandas reais apresentadas por setores da sociedade. Assim, alguns exemplos de trabalhos desenvolvidos nessa disciplina (Coêlho et al. 2018; Meirelles et al. 2018; Soares et al. 2018) foram citados no documento "ESTUDOS TÉCNICOS PARA SUBSIDIAR A CRIAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL DO VALE ENCANTADO", elaborado pela ONG Imaterra e o Coletivo SOS Vale Encantado, em 2018, e encaminhado ao Ministério Público do Estado da Bahia e à Prefeitura Municipal de Salvador. Para citar outro exemplo, em 2021, um dos produtos produzidos na disciplina "Ecologia de Indivíduos e Populações" foi uma apostila educativa sobre o mico-leão-da-cara-dourada, que foi disponibilizada para o projeto BioBrasil, atuante em Colônia de Una, no Sul da Bahia, e será utilizada como material didático.

Projetos de pesquisa e extensão

Como mencionado antes, diversos projetos realizados neste Programa têm uma relação direta com a sociedade. Projetos que podemos destacar incluem “Pesquisa Etnoecológica, Educacional e de Conservação e Inovações Pedagógicas em Comunidades Pesqueiras de Conde-BA”, coordenado pelo Prof. Dr. Charbel Niño El-Hani; “Estrutura da Paisagem e Abelhas sem Ferrão - Efeitos Sobre a Coleta e Uso de Recursos Alimentares e a Dinâmica das Colônias e Indivíduos”, coordenado pela Profa. Dra. Blandina Felipe Viana; “INCT IN-TREE - PI3: Aproximação entre ciência e prática na área ambiental”, coordenado pelo Prof. Dr. Pedro Luís Bernardo da Rocha; “Apoio a projetos de restauração em comunidades Rurais da reião Metropolitana de Salvador”, coordenado pelo Prof. Dr. Eduardo Mariano Neto; e "Ecologia do Fogo na Mata Atlântica: Síntese de resultados e recomendações para manejo", coordenado pelo Prof. Dr. Pavel Dodonov.

Além disso, uma série de iniciativas coordenadas por docentes e/ou discentes do Programa ou com envolvimento destes tem sido realizada, na forma de projetos de extensão, movimentos sociais, projetos envolvendo a sociedade e outros. Alguns deles estão detalhados abaixo:

Projeto Guardiôes das Águas do Joanes e Jacuípe.

Este projeto é uma parceria entre UFBA, Empresa Bahiana de Saneamento (EMBASA), Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMA) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), com financiamento do Fundo Nacional do Meio Ambiente e Caixa Econômica Federal. O Prof. Dr. Eduardo Mariano Neto, docente permanente do PPG, coordenada a parte dos projetos de restauração. O projeto visa a recuperação de áreas degradadas na região metropolitana de Salvador, em mananciais que hoje respondem por 38% do abastecimento da cidade. Foram elaborados dez projetos de recuperação de matas ciliares, atingindo dez comunidades rurais de agricultores familiares, com montante de área recuperada de mais de 170 ha e 100 nascentes em oito municípios. Dentro desta parceria, foram discutidas e elaboradas as ações dos projetos de recuperação em conjunto com as comunidades, incorporando elementos de sistemas agroflorestais, a fim de aumentar a área protegida para além do exigido pela lei, ao mesmo tempo permitindo geração de renda e alimentos durante o processo. Além da elaboração dos projetos, foi criado também uma Unidade Gestora do Projeto (UGP), que é um fórum no qual as ações do projeto são discutidas com todos os membros participantes. Um dos papeis fundamentais da UGP, que tem também participação das prefeituras envolvidas, é justamente o de criar mecanismos legais para o repasse de verbas a título de pagamento por serviços ambientais (PSA) para os agricultores. No momento estão sendo executadas as ações de restauração, planejadas, assim como iniciados os projetos de pesquisa e acompanhamento do desenvolvimento da vegetação e variação na qualidade e quantidade da água. Em alboração também os projetos de repasse do PSA para manutenção das florestas e dos serviços dentro das propriedades rurais.

Pesquisa Etnoecológica, Educacional e de Conservação e Inovações Pedagógicas em Comunidades Pesqueiras de Conde-BA:

Este projeto é coordenado pelo Prof. Dr. Charbel Niño El-Hani. Conforme consta no currículo Lattes do docente, “O projeto, realizado em comunidades de pescadores do litoral norte da Bahia (Siribinha e Poças, Município do Conde), tem como objetivos: (i) Realizar estudos sobre conhecimentos e práticas de comunidades de pescadores; (ii) Desenvolver trabalho de pesquisa, inovação e desenvolvimento em colaboração com professores locais, visando educação intercultural como diálogo de saberes, que possa aumentar autoestima de estudantes, contribuir para conservação de conhecimentos e práticas de pescadores e marisqueiras, e propiciar ambiente significativo para aprendizagem de assuntos escolares; (iii) Realizar oficinas sobre conservação ambiental, que possam resultar em projetos de conservação integrados ao desenvolvimento local (ICDPs) e abordagens de planejamento e manejo baseados na comunidade; (iv) Derivar de estudos teóricos e de campo um modelo de pesquisa e desenvolvimento inter- e transdisciplinar em comunidades tradicionais.”

Projeto de Monitoramento Participativo da Atividade Pesqueira no Recôncavo Baiano e Baixo Sul da Bahia, com a participação do Prof. Dr. George Olavo Mattos e Silva (docente permanente):

O projeto é realizado pela Petrobras enquanto operadora do Consórcio Manati, em atendimento a condicionantes específicas do licença ambiental federal (IBAMA) e estadual (INEMA) do Sistema de Produção e Escoamento de Gás Natural e Condensado do Campo de Manati, localizado nas bacias sedimentares de Camamu-Almada e do Recôncavo baiano. Vem produzindo séries históricas de dados de capturas desembarcadas, esforço e áreas de pesca, assim como da abundância relativa e dos rendimentos pesqueiros dos principais recursos marinhos e estuarinos explorados pelas frotas da pesca artesanal, monitoradas em 24 comunidades de pescadores da área de influência do empreendimento, nas regiões da Baía de Todos os Santos e do Baixo Sul da Bahia. Constitui monitoramento de longo prazo, iniciado em 2005, gerando conhecimento sistematizado, banco de informações georreferenciadas e estatísticas de pesca únicos para o estado da Bahia. A participação do docente é fruto de consultoria especializada temporária, periódica, para orientação metodológica, avaliação e revisão de produtos apresentados pelos executores terceirizados do referido projeto. Devido à abordagem participativa desenvolvida, o projeto envolve os pescadores e monitores locais não somente no processo de coleta de dados, realizado por agentes comunitários em colaboração com os pescadores de cada localidade. Também envolve público mais abrangente do setor, nas comunidades pesqueiras, durante os processos de devolutivas periódicas realizadas para apresentação e crítica dos resultados e do processo de monitoramento, subsidiando outros processos relacionados à mitigação de impactos socioeconômicos, gestão da biodiversidade marinha e manejo de recursos pesqueiros, educação ambiental e projetos de desenvolvimento sustentável nos treze municípios abrangidos na zona costeira da Bahia.

Relação com movimentos sociais

Movimento pela criação do Refúgio de Vida Silvestre Vale Encantando, em Salvador:

Este movimento tem participação de discentes e egressos do curso, a exemplo do atual discente Virgílio Machado e da egressa Victória Leão.

O discente Virgílio Machado entrou no começo de 2016 (ou seja, antes de ingressar no Mestrado, no qual ingressou na segunda metade de 2018) para o grupo Amigos do Vale Encantado (AVE), criado em 2006 e formado, principalmente, por moradores do entorno de uma área de Mata Atlântica de mais de 100 hectares, em Salvador. Nos anos seguintes, consolidou-se a relação com a UFBA, a exemplo da reunião com Prof. Dr. Charbel El-Hani (docente permanente do PPG Ecologia), em 2017 ou 2018. A pauta do encontro era criar um programa de cooperação mútua entre a academia (Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental) e o movimento social (SOS Vale Encantado). Combinamos de o grupo levar demandas para o encontro com a universidade e, entre elas, Virgílio apresentou a ideia de um curso de formação em ecologia do Mestrado direcionado para o coletivo e os demais movimentos da cidade no sentido de fortalecer as pautas ambientais de Salvador-BA. O Prof. Charbel se entusiasmou com o projeto e foi combinado que ele levaria esta demanda para seus colegas. Foi o professor Pedro Rocha que assumiu a responsabilidade de montar o primeiro módulo do curso que aconteceu em 2018. Do lado do SOS Vale Encantado, Virgílio se responsabilizou em montar a turma com lideranças de diversos coletivos de Salvador à frente de uma diversidade de causas de preservação do meio ambiente. Importante ressaltar, também, que o Vale Encantado foi objeto de estudo de disciplinas de resolução de problemas do Mestrado Profissional que, ainda, apoiou e abrigou duas audiências públicas do SOS Vale Encantado, além de ter sido palco de uma atividade das disciplinas de Ecologia de Populações e Ecologia de Comunidades, em 2018, com os docentes Pavel Dodonov e Bruno Vilela de Moraes e Silva.

A Profa. Dra. Margareth Maia (credenciada no Mestrado Profissional em 2020, mas já colaborando com o Programa desde antes) também atua, desde 2015, no grupo de coordenação do Coletivo SOS Vale Encantado, que trabalha pela criação do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) do Vale Encantado - localizado no bairro de Patamares, município de Salvador - juntamente com a ONG Instituto Mãos da Terra (IMATERRA), da qual a docente é diretora. A criação desta Unidade de Conservação urbana está prevista no Plano de Desenvolvimento Urbano (PDDU) do município de Salvador. A docente coordenou, em parceria com a Ms. Daniela Falcão, membro do Coletivo, a elaboração dos estudos técnicos previstos no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei ° 9.985/2000 e Decreto ° 4.340/2002) e necessários à conversão do parque urbano do Vale Encantado em Unidade de Conservação, os quais foram financiados a partir de recursos doados ao IMATERRA, pelo Ministério Público do Estado da Bahia. A atuação da docente no Coletivo abrange, em linhas gerais, as atividades de: (i) articulação junto ao Poder Público e instituições (Prefeitura Municipal de Salvador, Ministério Público do Estado da Bahia, Câmara de Vereadores e Universidades) para viabilizar a criação do Revis; (ii) realização de palestras - com conteúdo técnico e científico - sobre a importância e os benefícios sociais, ambientais e econômicos decorrentes da conservação da biodiversidade em áreas urbanas; (iii) aproximação e mediação entre a ciência (academia) e movimentos e coletivos socioambientais, visando a formulação e implementação de políticas públicas ambientais.

Um outro evento relevante para o movimento foi a realização do Seminário “Criação da Unidade de Conservação do Vale Encantado”, realizado em 15 de outubro de 2019 e com um público de 174 pessoas. O seminário objetivou estimular a interação entre setores da sociedade (incluindo segmentos organizados da sociedade civil e órgãos governamentais) e da universidade, expondo para isso o histórico, estágio atual e perspectivas futuras da criação da Unidade de Conservação de Proteção Integral Municipal "Vale Encantado". Coordenado pelo Prof. Dr. Pedro Luís Bernardo da Rocha com apoio do discente Virgílio Machado e da Dra. Margareth Maia (a qual passou posteriormente a integrar o Núcleo Permanente do Programa), entre outros, o evento ocorreu como proposto, com apresentação de estudos técnicos realizados para viabilizar a criação da Unidade de Conservação.

Criação do Parque Marinho da Barra

O docente Francisco Carlos Rocha de Barros Junior (docente permanente até 2021) em 2014 teve contato com o coletivo “Fundo da Folia” e participou de inúmeras ações voluntárias de limpeza do fundo marinho, várias delas com discentes do programa, trazendo, como consequência, para a universidade uma demanda de criação de um parque marinho no município de Salvador, demanda essa vinda da sociedade civil. O tema foi então trabalhado dentro de disciplinas da graduação. Em 2017 for formalizada a parceria com a prefeitura municipal de Salvador, quando o Secretário da Cidade Sustentável e Inovação criou o Grupo de Trabalho de acompanhamento da criação da Unidade de Conservação Parque Marinho da Barra, designando o professor Francisco Barros como um de seus membros. Os trabalhos efetuados resultaram no decreto de criação do Parque Marinho da Barra em abril de 2019. Atualmente, o professor representa a UFBA no conselho gestor dessa unidade de conservação e vem trabalhando na construção do regimento do conselho e do termo de referencia para o plano de manejo.

Fórum Clima Salvador

Atualmente o discente Virgilio Teixeira Machado é coordenador do Fórum Clima Salvador. Em 15 de janeiro de 2020, a Prefeitura de Salvador lançou a etapa de elaboração do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima de Salvador (PMAMC). O evento se deu no período da manhã e da tarde. Pela manhã, quando se deu a explanação de método, cronograma, equipe, produtos, etc, o discente percebeu que não estava havendo acompanhamento da sociedade civil organizada, tendo, inclusive, feito uma fala registrando a necessidade da criação de um assento que pudesse representar a população, solicitação que não foi atendida. Contudo, em maio, com a retomada oficial das atividades do consórcio contratado pelo município, o discente idealizou e organizou a fundação do Fórum Clima Salvador articulando com outros setenta integrantes, entre lideranças comunitárias e cientistas, e vinte organizações entre movimentos sociais e institutos de pesquisa. Esta formação tem sido essencial para a compreensão deste tema peculiarmente transdisciplinar, para a formulação de uma visão crítica e proposições relevantes para o tema e a cidade. Foi a partir desta perspectiva que se deu o acompanhamento de todas as reuniões virtuais do PMAMC, bem como elaboração dos documentos de análises críticas elaborados pelo Fórum. Entre outros resultados relevantes, o Fórum influenciou diretamente na versão final do plano de ação climática de Salvador, o PMAMC. Conforme seu relato, o Mestrado profissional de Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental / UFBA é um dos atores importantes nesta trajetória, com diversos professores integrando o Fórum, especialmente Pedro Rocha, Bruno Vilela e Eduardo Mendes, com contribuições também de Charbel El-Hani.

Colaboração com a Frente Ambientalista Parlamentar na Assembleia Legislativa na Bahia:

Visando dar suporte técnico ao desenvolvimento de legislações ambientais no âmbito estadual, docentes do programa de mestrado profissional em Ecologia e Gestão Ambiental desenvolveram uma série de projetos associados a frente ambientalista parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Esses projetos envolveram uma série de eventos na ALBA sobre mudanças climáticas e supressão de vegetação nativa no estado da Bahia. Como resultado dessa interação, também foi publicada uma cartilha sobre os impactos ecológicos e sociais da supressão de vegetação nativa. Ao todo, essa interação envolve os seguintes professores do programa: Pedro Rocha, Blandina Viana, Francisco Barros, Gilson Carvalho, Charbel El-Hani, Bruno Vilela, Ricardo Dobrovolski e Margareth Maia.

Rede Kunhã Asé

A Rede Kunhã Asé, da qual a Profa. Dra. Blandina Viana (docente permanente) faz parte, objetiva debater a disparidade de gênero nas ciências e oferecer soluções pragmáticas para a baixa representatividade das mulheres na ciência. O nome da rede significa “mulher de poder” ou “mulher poderosa”, sendo uma mistura do Guarani (kunhã, que quer dizer mulher) e do Yorubá (asé, que quer dizer poder). A escolha do nome visa homenagear os povos da floresta e o povo negro, historicamente oprimidos e não representados na ciência. Desta forma, o nome visa refletir, mais uma vez, a preocupação da rede com interseccionalidade e com a representatividade não apenas da mulher, mas de todas as mulheres na ciência.

Divulgação científica e produção de material didático:

Como iniciativas de divulgação científica e ensino, destacamos os seguintes projetos:

Café Científico Salvador (coordenado pelo Prof. Dr. Charbel Niño El-Hani):

Conforme consta no seu Currículo Lattes, “O Café Científico Salvador é uma atividade de popularização da ciência promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA-UEFS) e pela Livraria LDM - Multicampi, coordenada por C. N. El-Hani, em colaboração com outros membros do grupo de pesquisa. O Café Científico é um local em que qualquer pessoa pode discutir desenvolvimentos recentes das várias ciências e seus impactos sociais. Ele oferece uma oportunidade para que cientistas e o público em geral se encontrem face a face para discutir questões científicas, numa atmosfera agradável. Os eventos ocorrem uma vez por mês, com pesquisadores de diferentes áreas senco convidados para um bate papo agradável e acessível com uma audiência que envolve desde frequentadores da livraria, professores e estudantes do ensino médio, profissionais liberais, professores e estudantes do ensino superior, entre outros.” Embora tenha se originado no PPG em Ensino, Filosofia e História das Ciências, atualmente o Café Científico também tem relação com o PPG Ecologia, do qual seu coordenador é também docente permanente.

Blog Darwininas

Fundado em julho de 2016, o blog Darwinianas (https://darwinianas.com/) é, conforme sua descrição, “um blog dedicado à popularização da ciência nas áreas de biologia evolutiva, ecologia, comportamento animal, biologia do desenvolvimento, história e filosofia da biologia, e educação científica. O blog está vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (IN-TREE), como uma de suas iniciativas de interação com a sociedade e popularização da ciência.” Ele é coordenado pelo Prof. Dr. Charbel Niño El-Hani e conta com colaboradoras/es de outros Programas e instituições. Mantendo uma regularidade de publicações semanais, é uma importante ferramenta de divulgação científica. Desde seu início em 2016, o blog teve um total de 334.088 visualizações e tem atualmente 3788 seguidores no Facebook.

Mais Um Blog de Ecologia e Estatística

Este blog (https://anotherecoblog.wordpress.com/) é mantido pelo Prof. Dr. Pavel Dodonov, docente permanente do PPG. Este blog busca manter uma regularidade semanal a mensal de postagens, quando possível, discutindo temas como produtividade e vida acadêmica; estatística e desenho amostral; uso de softwares estatísticos como o R; além de textos de divulgação científica em Ecologia. Uma porção relevante dos textos é escrita por autores convidados. Nos anos de 2018, 2019 e 2020 (antes de 2018 o docente não estava ainda credenciado neste PPG), o blog teve respectivamente 31, 14 e 24 postagens e um total de 15.688, 19.642 e 41.603 visualizações (incluindo as postagens de anos anteriores). Com relação apenas às postagens de 2018, 2019 e 2020, até o dia 20 de outubro de 2020 elas tinham somado um total de 33.310 visualizações.

Podcast Econtos

Este projeto teve início no final de 2020, sendo coordenado pelo Prof. Dr. Pavel Dodonov (docente permanente), e consiste em um podcast de divulgação científica em ecologia para crianças, por meio de contos e falas de cientistas. Pode ser acessado em https://anotherecoblog.wordpress.com/econtos/

Canal EcoEspacialUFBA

Mantido pelos docentes permanentes Bruno Vilela e Pavel Dodonov, este canal, criado em 2020, visa manter uma série de cursos sobre ecologia e estatística, com foco em ensino superior. Pode ser acessado em https://www.youtube.com/c/EcoEspacialUFBA

Perfil de instagram @thay.ensina_

O perfil no Instagram @thay.ensina_, mantido pela discente Thayara Laís dos Santos, foi desenvolvido em agosto de 2020, com a finalidade de compartilhar dicas e experiência entre professores, com foco no uso de ferramentas digitais, para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, especialmente no contexto do ensino remoto e híbrido. Além disso, lá também é compartilhado conteúdo referente às metodologias ativas, educação midiática, experimentos (digitais ou não) para o ensino de Ciências e Biologia. Atualmente, também são ofertados periodicamente, oficinas, aulões,lives, mentorias e formações para professores e instituições de ensino. Também conta com a produção de um ebook, intitulado “Educação midiática no ensino de Ecologia: sugestão de atividades”.

Referências

• Coêlho EB, Trindade JPB 2018 Parque Ecológico Vale Encantado: zoneamento, conservação e conectividade em área urbana. UFBA: Programa de Pósgraduação em Ecologia e Biomonitoramento, Disciplina do Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada a Gestão Ambiental. Salvador
• El-Hani CN, Nunes-Neto NF, Rocha PLB 2020 Using a participatory problem based methodology to teach about NOS. In: McComas W (Ed.) Nature of Science in Science Instruction: Rationales and Strategies. Springer
• Lewinsohn TM, Attayde JL, Fonseca CR, Ganade G, Jorge LR, Kollmann J, Overbeck GE, Prado PI, Pillar VD, Popp D, Rocha PLB, Silva WR, Spiekermann A, Weisser WW 2015 Ecological litteracy and beyond: Problem-based learning for future professionals. AMBIO 44: 154-62.
• Meirelles MAB 2018 Definição da capacidade de suporte do turismo do Vale Encantado. Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental. Universidade Federal da Bahia, Salvador.
• Pardini R, Rocha PLB, El-Hani C, Pardini F 2013 Challenges and opportunities for bridging the research-implementation gap in ecological science and management in Brazil. In: Sodhi NS, Gibson L, Raven PH. Conservation Biology: Voices from the Tropics. John Wiley & Sons
• Soares PS 2018 Avaliação da viabilidade econômica e do potencial ecoturístico de trilhas ecológicas no Vale Encantado. Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental. Universidade Federal da Bahia, Salvador.
• Tosta A, Santos CPG, Corrêa G, Pereira M, Saldanha R, Gomes R 2021 Apostila Educativa: Mico-Leão-da-Cara-Dourada. Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental. Universidade Federal da Bahia. Salvador.
• Rocha PLB, El-Hani CN, Pardini R 2013 Extensão como filosofia para o preenchimento da lacuna pesquisa - aplicação na Universidade. Caititu 1: D01